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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

IMPACTO NOS DESFECHOS CLÍNICOS E NOS CUSTOS DE INTERNAÇÃO DECORRENTE DA IMPLANTAÇÃO DO TIME DE RESPOSTA RÁPIDA

Jacob Sessim Filho, Renato Palacio de Azevedo, Felipe Duarte Silva, Maria Helena Sampaio Favarato, Renato Walch Aurelio da Silva, Aécio Lopes de Araújo Lira, Antonildes Nascimento Assunção Júnior, Luiz Francisco Cardoso
HOSPITAL SIRIO LIBANÊS - - - BRASIL

INTRODUÇÃO

O reconhecimento precoce da deterioração clinica em pacientes internados é um dos principais fatores associados a redução da mortalidade e prevenção de eventos adversos graves. Processos de acreditação, visando a melhora da qualidade e segurança da assistência, recomendam fortemente a implantação de times de resposta rápida (TRR), porém o seu impacto nos desfechos clínicos e nos custos de internaçãoainda é assunto controverso. 

 

OBJETIVO

Avaliar o impacto da implementação do TRR nos desfechos clínicos e nos custos de internação de pacientes internados em um hospital geral.

 

MÉTODOS

Foram comparados os dados consecutivos e retrospectivos de pacientes transferidos para a unidade de terapia intensiva provenientes de unidades de internação geral no período 01 de junho de 2012 a 30 de junho de 2016. Os pacientes foram divididos em dois grupos: Grupo 1 (G1) com pacientes incluídos entre 01 de junho de 2012 a 31 de Maio de 2014, período anterior ao início da atuação TRR, e Grupo 2 (G2) com aqueles incluídos entre 01 de Junho de 2014 a 30 de junho de 2016 após o início da atuação do TRR. O desfecho primário analisado foi a taxa de óbito hospitalar. 

 

RESULTADOS 

Foram analisados 1.221 pacientes, 588 no G1 e 633 no G2. A distribuição dos gêneros entre os grupos foi similar. A média da idade no G1 foi de 67,8 anos e no G2 de 69,0 anos (p=0.24). A taxa de readmissão em menos de 48h na UTI foi de 3,9% no G1 e de 4,7% no G2 (p=0.47). Em relação aos escores de gravidade, os pacientes do G2 se mostraram mais graves quando analisadas as médias do Charlson Comorbidity Index (G1: 1,93 x G2: 2,58; p<0,01) e do SAPS3 (G1: 50,1 x G2: 54,2; p<0,01). Não houve diferença significativa quanto ao SOFA (G1: 3,82 x G2: 4,10; p=0,13). A mediana do tempo de internação na UTI (G1: 4 dias x G2: 3 dias; p<0.01) e do tempo de internação hospitalar (G1: 26 dias versus G2: 21dias; p=0.01) foram menores no G2. Houve redução significativa tanto na mortalidade na UTI (G1: 17,1% x G2: 12,4%; p=0.02) quanto na mortalidade hospitalar (32,3% x 26,2%; p=0.01). Também houve redução no custo médio de internação após a implantação do TRR (mediana de 57.787,09 dólares no G1 x 40.132,31 dólares no G2; p<0,01).

 

CONCLUSÃO

A implantação do TRR contribuiu de forma significativa na melhora dos desfechos clínicos de pacientes encaminhados para a unidade de terapia intensiva, bem como reduziu de forma significativa os custos relacionados às suas internações. Esse estudo reforça a importância do TRR na segurança do paciente e na excelência do cuidado.

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