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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

A regressão do segmento-ST pós trombólise é preditor adequado de recanalização ótima em pacientes com infarto agudo do miocárdio?

Henrique Tria Bianco, Francisco Helfenstein Fonseca, Rui Póvoa, Cristina Izar, Flavio Tocci, Henrique Fonseca, Adriano Barbosa, Adriano Caixeta, Edson Stefanini, Antonio Carlos Carvalho
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil

Fundamentação: a intervenção coronária percutânea primária é considerada "padrão ouro" para a reperfusão. Entretanto, quando não disponível ou não pode ser oferecida em tempo hábil, a estratégia farmaco-invasiva (EFI) é alternativa de recanalização. O ECG desempenha um papel crucial neste cenário e a decisão sobre quais pacientes terão êxito na reperfusão e quais devem ser encaminhados para a terapia de resgate é crítica no contexto do infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento-ST.

Objetivo: avaliar o comportamento do segmento-ST em ECG pré e 60min pós-trombólise e sua associação com padrões angiográficos baseados nos critérios de fluxo TIMI e escore Blush.

Cenário e Participantes: estudo observacional, multicêntrico, com dados coletados prospectivamente. O critério de exclusão foi apenas a contraindicação absoluta para trombólise. Coorte de 2.215 pacientes submetidos à terapia fibrinolítica (Tenecteplase) em centros pré-hospitalares durante as primeiras 6hs do início dos sintomas e encaminhados para hospital terciário para angiografia coronária 3-24hs pós-fibrinólise ou imediatamente se resgate necessário. O critério de reperfusão pelo ECG é definido por diretrizes (redução do segmento-ST > 50% na derivação com maior elevação). Intervencionistas experientes realizaram análises do fluxo angiográfico de acordo com a definição TIMI e Blush miocárdico.

Principais medidas: os pacientes foram categorizados de acordo com os escores TIMI/Blush em dois grupos: aqueles com reperfusão ótima (fluxo TIMI 3 e Blush 3) e aqueles com reperfusão não ótima ou sem reperfusão (fluxo TIMI Resultados: a predição de reperfusão coronariana ideal, pelo critério eletrocardiográfico apresentou valor preditivo positivo de 56%, valor preditivo negativo de 66%, sensibilidade de 79% e especificidade de 40%. Desta forma, obtivemos correlação positiva fraca (Kendall) entre a redução do segmento-ST e os dados angiográficos de reperfusão ótima (r = 0,21; p <0,001).

Conclusões e Relevância: os resultados sugerem que a diminuição do supradesnivelamento do segmento-ST, analisada conforme recomendado por várias diretrizes, em pacientes submetidos à EFI, não identificou com precisão os pacientes que apresentarão reperfusão angiográfica adequada.

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