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Treinamento físico aeróbio modula a via NAD(P)H oxidase e NRF2/KEAP1 no miocárdio em modelo experimental de ingestão crônica de frutose

Larissa Almeida Lago, Renata Alves, Camila L Suehiro, Eliete DC Frantz, Renata F Medeiros, Milton A Martins, Chin J Lin, Antonio CL Nobrega, Alessandra C Toledo-Arruda
UFF - NITEROI - RJ - Brasil, USP - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: O sedentarismo e maus hábitos alimentares são fatores de risco para inúmeras doenças crônicas não transmissíveis, incluindo as doenças cardiovasculares e diabetes, que são causas importantes de mortalidade global especialmente nos países em desenvolvimento. Camundongos alimentados com dieta rica em frutose (10 a 20%) mimetizam o consumo de bebidas ricas em frutose na dieta humana. O exercício aeróbico em intensidade moderada tem demonstrado mitigar a hipertensão arterial e as alterações metabólicas induzidas pela alta ingestão de frutose em humanos e modelos experimentais. No entanto, pouco se conhece sobre os mecanismos pelos quais o exercício físico pode regular enzimas antioxidantes de fase II e a NAD(P)H oxidase no tecido cardíaco de camundongos alimentados com dieta rica em frutose. Assim, este estudo investigou o possível envolvimento da via NRF2/KEAP1 e NAD(P)H oxidase na mediação dos efeitos do exercício aeróbico no miocárdio em um modelo experimental com ingestão crônica de frutose. Métodos: Camundongos C57BL/6 machos foram randomizados em grupos: Controle, Frutose (20% de frutose na água potável), Exercício (exercício em esteira a moderada intensidade) e Frutose+Exercício (n=10). Resultados: Após 12 semanas, a ingestão energética e peso corporal nos grupos foram semelhantes. O teste de exercício máximo, gasto energético em repouso, consumo de oxigênio em repouso e produção de dióxido de carbono aumentaram nos grupos que realizaram exercícios (Grupo Exercício e Frutose+Exercício vs. Controle e Frutose, P <0,05). A ingestão crônica de frutose induziu hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia e hiperleptinemia circulante e aumento dos depósitos de tecido adiposo branco (P<0,05), sem alterações na pressão arterial. Este ambiente metabólico aumentou significativamente a IL-6, IL-1β, IL-10 circulante; hipertrofia cardíaca e expressão cardíaca de NFkB-p65 e TNF-α, que foram reduzidas pelo exercício (P<0,05). AT1R e NOX2 no miocárdio foram aumentados pela ingestão de frutose e diminuíram após o exercício (P<0,05). O exercício aumentou a expressão cardíaca da relação NRF2/KEAP1 e os antioxidantes da fase II em animais alimentados com frutose (P <0,05). A expressão da proteína NOX4, GSR e catalase foi semelhante entre os grupos. Conclusão: Esses achados sugerem que o exercício confere efeitos cardíacos modulatórios, melhorando as defesas antioxidantes através da via NRF2/KEAP1 e diminuindo o estresse oxidativo, e é uma abordagem potencialmente não-farmacológica para proteção contra doenças cardiometabólicas induzidas pela frutose.

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