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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

IMPACTO DA TRANSFERÊNCIA INTER-HOSPITALAR NA MORTALIDADE DOS PACIENTES COM IAMCSST - REGISTRO VICTIM

Jussiely Cunha Oliveira, Ticiane Clair R. M. Lima, Jeferson Cunha Oliveira, Larissa A. M. Arcelino, Laís Costa Souza Oliveira, Ikaro Daniel de Carvalho Barreto, Nunes Marcelino Barbosa, Antonio Carlos Sobral Sousa, José Augusto Barreto-Filho
Universidade Federal de Sergipe - Aracaju - SE - BR

Fundamento: No Infarto Agudo com Supra Desnivelamento do Segmento ST (IAMCSST), o tempo desde o início dos sintomas até a instituição com Intervenção Coronariana Primária (ICP) é diretamente proporcional à ocorrência de eventos clinicamente relevantes. Desse modo, as constantes transferências inter-hospitalares são fonte de atraso nesse tratamento e pode ocasionar desfechos desfavoráveis como o aumento da mortalidade.

Métodos: Trata-se de uma sub análise do Registro VICTIM (VIa Crucis para o Tratamento do Infarto do Miocárdio) com abordagem transversal e quantitativa, desenvolvido no período de dez/2014 a junho/2018, no estado de Sergipe a fim de comparar a mortalidade entre os pacientes com diagnóstico de IAMCSST que tiveram acesso direto ou indireto ao hospital com capacidade de realizar ICP. O acesso indireto é representado por aqueles que passaram por unidades sem serviço de hemodinâmica para de lá serem transferidos para hospital com ICP.  Os pacientes foram acompanhados desde o início dos sintomas até 30 dias após o infarto. Foi adotado o nível de significância p< 0,05.

Resultados: Foram incluídos 1081 pacientes, sendo 82,6% usuários do SUS e 17,4 usuários da rede privada (p<0,05). A idade média foi de 61,7±12,1 anos, sendo que os que tiveram acesso direto tinham em média de 63,0±12,5 anos e os com acesso indireto tiveram média de 61,5±12,0 anos (p = 0,189). Do total, 150 tiveram acesso direto a hospital com angioplastia e 931 foram transferidos de outras unidades. No decorrer de 30 dias do IAMCSST a mortalidade geral entre os que tiveram acesso direto e indireto, respectivamente, foi 7,4% vs 12,0% (p = 0,040), a mortalidade cardiovascular foi 4,3% vs 10,1% (p = 0,017) e a mortalidade não cardiovascular foi de 2,7% vs 2,0% (p=0,904).

Conclusões: O tempo perdido nas transferências inter-hospitalares implica em piores prognósticos e consequentemente aumento de mortalidade que foi maior entre os pacientes que tiveram acesso indireto ao serviço com capacidade de realizar ICP. Além disso, observa-se que tal fato é mais prevalente na população coberta pelo Sistema Único de Saúde com taxas de mortalidade maiores do que os atendidos pela rede privada.

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