Segundo a Organização Mundial de Saúde (2018), as doenças cardiovasculares são a maior causa de óbito no mundo e correspondem a cerca de 30% das mortes. Em 2016, foram 94148 mortes por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) no Brasil (DATASUS, 2016). O cenário de pesquisa foi um hospital secundário do Sistema Único de Saúde, localizado na região metropolitana de São Paulo. Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo de abordagem quantitativa. A análise dos dados foi realizada por meio do Software Stata, versão 15.1 e considerou-se alfa de 5%. Foram analisados 271 pacientes inseridos no Protocolo Institucional de Dor Torácica (PIDT) de janeiro a dezembro de 2018, destes, 143 pacientes tiveram o diagnóstico de IAM. Houve predomínio do sexo masculino (55,9%) a idade média dos pacientes foi de 63,45 anos. A distribuição entre pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio sem Supra de ST (IAMSSST) e Infarto Agudo do Miocárdio com Supra de ST (IAMCSST) foi semelhante, 79% dos pacientes são hipertensos e cerca de 23,1% tem história de IAM prévio. A maioria foi proveniente de demanda espontânea (42,1%) e apresentava Killip I na admissão. As principais instituições que realizaram a cineangicoronariografia da amostra foi Instituto do Coração (37,9%) e o Insituto Dante Pazzanese (33,3%). Para pacientes com IAMCSST, 43 % realizou trombólise química. O tempo médio de dias para a realização do cateterismo foi de 23,7 dias para IAMSSST e 12,5 dias para IAMCSST. Em relação às complicações intra-hospitalares, predominaram a angina pós infarto (64,52%) e choque cardiogênico (12,9%) em pacientes com IAMCSST. Dos pacientes que permaneceram internados aguardando a cineangiocoronariografia, ocorreram 8 óbitos de pacientes com IAMCSST e 6 óbitos de pacientes com IAMSSST, com maior mortalidade no sexo masculino. Concluímos que ainda é necessário um melhor fluxo de atendimento que interligue os serviços que encaminham os pacientes com diagnóstico de IAM aliado a um aprimoramento da rede de atendimento que una hospitais menores aos serviços de Hemodinâmica, visto que os pacientes passam vários dias internados aguardando a cineangiocoronariografia, sujeitos a complicações do próprio infarto e às decorrentes da internação hospitalar.