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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

PERFIL DOS PACIENTES COM IAMCSST E SUA RELAÇÃO COM O ACESSO AOS HOSPITAIS COM ICP – REGISTRO VICTIM

Jussiely Cunha Oliveira, Ticiane Clair R. M. Lima, Jeferson Cunha Oliveira, Larissa A. M. Arcelino, Laís C. S. Oliveira, Ikaro Daniel de Carvalho Barreto, Jairo José Tavares Antunes, Antonio Carlos Sobral Sousa, José Augusto Barreto-Filho
Universidade Federal de Sergipe - Aracaju - Sergipe - Brasil

Fundamento: O Brasil é marcado por disparidades socioeconômicas e culturais e o Infarto Agudo do Miocárdio com supra desnivelamento do Segmento ST (IAMCSST) é uma das patologias que mais vitimam a população. Ter acesso rápido é fundamental para o prognóstico e sobrevida dos acometidos sendo importante conhecer o impacto dessas disparidades no acesso dos pacientes com IAMCSST as terapias de reperfusão.

Métodos: O presente estudo utilizou dados do Registro VICTIM (VIa Crucis para o Tratamento do Infarto do Miocárdio) para analisar um total de 1081 pacientes com IAMCSST atendidos no período de dezembro de 2014 a março de 2018, nos quatro hospitais com Intervenção Coronariana Primária (ICP) em Sergipe. Os pacientes foram divididos em dois grupos: os que tiveram acesso direto e os que realizaram transferência a fim de comparar o perfil socioeconômico e demográfico entre os grupos. Foi adotado o nível de significância p< 0,05.

Resultados: Dos 1081 pacientes, 931 passaram por alguma transferência inter-hospitalar e 150 tiveram acesso direto ao hospital com ICP. A média de idade entre os transferidos foi de 61,49 ± 12,02 anos, enquanto os de acesso direto tiveram média de 62,97 ± 12,56 anos. Houve um predomínio do sexo masculino em ambos os grupos. Com relação a classe social e escolaridade, houve uma maior preponderância da classe E (55,4%; p <0,001) e do ensino fundamental (53,1%; p <0,001) nos transferidos por outras unidades, e da classe C (31,9%; p <0,001) e do ensino superior (33,3%; p <0,001) no acesso direto. Maiores distâncias foram percorridas pelo grupo com transferência de outra unidade antes de chegar ao hospital com ICP (71,35 ± 74,34 km vs 15,82 ± 30,10 km; p <0,001). A ICP foi realizada em 50,8% dos casos, com uma maior realização entre os pacientes com acesso direto (83,2% vs 45,6%, p <0,001). A ICP não primária foi mais realizada no grupo dos transferidos (33,6% vs 15,3%, p <0,001) quando comparada aos que tiveram acesso direto.

Conclusões: A baixa escolaridade, nível socioeconômico e distância foram os principais fatores que contribuíram para as disparidades entre os grupos. Chama atenção a alta taxa de pacientes que não fizeram angioplastia primária associado ao atraso maior vivenciado pelos pacientes que não tiveram acesso direto ao hospital com ICP.

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