Introdução: A dissecção espontânea da artéria coronária (DAC) pode ser um preditor de displasia fibromuscular (DF). Há um predomínio acentuado em mulheres caucasianas, magras, de 15 a 50 anos, de 75,0 a 100,0% dos casos, com idade média entre 30 e 55 anos. Nesse context, as enzimas metaloproteinases de matriz (MMP2 e MMP9) podem ter importante influência na causa da DAC. Objetivo: O presente estudo objetivou realizar uma meta-análise sobre a incidência de ação das metaloproteinases de matriz 2 e 9 no contexto da DF e DAC. Métodos: Seguiu os critérios de busca literária com o uso dos “mesh terms” metaloproteinases; displasia fibromuscular; dissecção espontânea da artéria coronária; estudos clínicos. Um total de 104 artigos que foram submetidos à análise de elegibilidade foram pré-analisados, sendo selecionados 26 estudos para compor o presente estudo. O protocolo de revisão baseou-se nos critérios de busca literária com uso dos descritores supracitados nas principais bases de dados como PubMed, Medline, Bireme, EBSCO e Scielo. Resultados: A meta-análise mostrou que a DAC é causa potencialmente fatal (50% morte súbita), causando infarto agudo do miocárdio com estimativa de incidência nas cineangiografias entre 0,04% e 0,20%. Além disso, em nível molecular, os estudos mostraram que a DAC está relacionada com a expressão das MMP2 e MMP9 e a consequente degradação da elastina. Como resultado, A fragmentação das fibras elásticas nas coronárias deve-se ao desequilíbrio entre as essas enzimas sobre os seus inibidores TIMP1 e TIMP2. Isso sugere ser a principal causa da patologia e a homeostase enzimática a forma de tratamento. Conclusão: O aumento da concentração das metaloproteinases de matriz podem ser a principal causa da dissecção espontânea da artéria coronária.