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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Análise dos pacientes com choque cardiogênico pós IAM com supra de uma rede publica de infarto: coorte de 2.169 casos

Souza, MT, Olivera, RR, Araujo, FM, Oliveira, RB, Filho, RN, Siqueira, PT, Veloso, CS, Goncalves, I, Alves, CMR, Carvalho, AC
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil

Introdução:A intervenção coronária percutânea primária é o tratamento de escolha IAM com supra. A fibrinólise com tenecteplase (TNK) dentro de uma estratégia fármaco-invasiva (EFI), em pacientes com choque cardiogênico (CC) possui características clínicas, angiográficas e desfechos com poucas publicações.  Nosso objetivo é analisar os pacientes com e sem CC submetidos a EFI e identificar preditores de mortalidade intra-hospitalar no grupo com CC.Métodos: De janeiro de 2010 a junho de 2017, 2.169 pacientes foram tratados pela rede de IAM, através de EFI, all comers de 14 centros primários. TNK foi administrada até 12h após início dos sintomas, caso não alcançassem um Hospital com ICP dentro de 90 minutos. Sistematicamente, foram transferidos para um único hospital terciário e realizaram ICP entre 3-24 horas ou imediata (sem critérios de reperfusão). Os dados foram coletados prospectivamente e analisados retrospectivamente identificando preditores de mortalidade.Resultados: 2169 pacientes submetidos a EFI,223(10,2%) evoluíram com CC. Observamos no grupo CC maior idade(61,3 vs 57,6 p<0,001), mulheres (36,2 vs 29,8%p=0,061), Diabetes(39,5 vs 28,9%p=0,002), Obesidade(27,2 vs 20,7%p=0,031), Doença renal crônica(18,9 vs 6,9%p<0,001),Revascularização miocárdica prévia(4,5 vs 1,5%p=0,004), dor agulha >6h (29,6 vs 20,8%p=0,010), infarto de VD (14,3 vs 2,2%p<0,001), GRACE (206,4 vs 136,0p<0,001),CRUSADE(40,5 vs 24,2 p<0,001) e menor trombólise com sucesso (27,6 vs73,6%p<0,001).Nas características angiográficas pacientes com CC possuíam mais lesões multiarteriais (75,8 vs 52,8%p<0,001), no-reflow (11,3 vs 3,9%p<0,001) e menor TIMI inicial 2/3 (52,0 vs77,9%p<0,001), TIMI 2/3 final (85,9 vs 94,1%p<0,001)e Blush final 2/3 (41,8 vs 65,9%p<0,001). Os desfechos intra-hospitalares foram maiores no grupo CC: sangramento maior (12,5 vs1,1%p<0,001), transfusão sanguínea (10,3 vs 0,9%p<0,001), AVC isquêmico (4,5 vs 0,7%p<0,001), AVC hemorrágico (2,2 vs 0,6%p=0,03), óbito no cate (8,6 vs0,3%p<0,001) e mortalidade total intra-hospitalar (40,6 vs 1,4% p<0,001).Os preditores independentes de mortalidade em CC: mulheres(OR 1.34 p=0.001),diabetes (OR 1.60 p=0.005),noreflow(OR 3.10 p=0.05). TIMI final 2/3(OR:0.38 p=0.039) foi protetor.Conclusão: Nesta população, all comers, submetidos a EFI contribuíram para mortalidade hospitalar de CC o gênero feminino,diabetes e no reflow. A mortalidade hospitalar,apesar de elevada,foi semelhante à descrita em séries de ICPP e contrasta com a mortalidade desta coorte em casos sem CC(1,4%)

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