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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

IMPACTO DE UM TIME DE RESPOSTA RÁPIDA NOS DESFECHOS CLÍNICOS DE PACIENTES APÓS PARADAS CARDIORRESPIRATÓRIAS.

Renan Kenji Hanada Pereira, Renato Palácio Azevedo , Jacob Sessim Filho , Júlio Cesar Alencar , Felipe Duarte Silva , Marcia Martiniano de Sousa e Sa , Luiz Francisco Cardoso
HOSPITAL SIRIO LIBANÊS - - - BRASIL

Introdução: O time de resposta rápida (TRR) é implantado com a finalidade de prevenir a parada cardiorrespiratória (PCR) nos pacientes internados em unidades abertas.  Apesar do seu objetivo principal ser triar e tratar pacientes internados que apresentam sinais de deterioração clínica, o TRR é um recurso importante para sistematizar e melhorar os resultados de ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Ainda é controverso a efetividade do TRR e não há evidências definitivas de que sua implementação melhore o resultado do paciente. Grande parte dos estudos se concentram nos resultados de prevenção da PCR. Nosso objetivo é avaliar os desfechos clínicos pós-PCR dos atendimentos do TRR e seu impacto ao custo hospitalar. 

Métodos: É um estudo retrospectivo em um hospital terciário privado sem fins lucrativos do período de junho de 2014 a dezembro de 2018. Os dados foram coletados a partir dos prontuários dos pacientes maiores de 18 anos submetidos a RCP e atendidos pelo TRR, totalizando 59 prontuários. Dos sobreviventes a PCR na alta hospitalar aplicou-se uma escala de performance cerebral (Cerebral Performance Category - CPC). Adotou-se como tempo de retorno da circulação espontânea (RCE) presente quando maior que 20 minutos. O software estatístico SPSS foi utilizado para análise estatística e o teste de Fisher para comparar variáveis ​​categóricas. 

Resultados: O grupo apresentou predominância masculina (61%), a média de idade foi 73 anos e a mediana do tempo de internação foi de 04 dias antes e 11 dias após a PCR. O ritmo mais comum detectado foi a atividade elétrica sem pulso (44,6%), seguida pela assistolia (28,5%) e fibrilação ventricular/taquicardia ventricular sem pulso (26,9%). A taxa de RCE foi de 57,6% e a taxa de sobrevivência na alta hospitalar foi de 28,8%. O ritmo com maior taxa de alta hospitalar foi fibrilação ventricular/taquicardia ventricular sem pulso (53%; p = 0,04). De acordo com a CPC, 64,7% dos pacientes apresentaram boa performance cerebral (CPC=1) no momento da alta hospitalar. O custo médio de permanência hospitalar foi de US$ 27974,43. Entre os sobreviventes à alta hospitalar, o custo foi de US$ 40162,23. 

Conclusão: Os resultados deste estudo estão de acordo com os dados atuais disponíveis nos resultados da RCP. Uma boa taxa de sobrevivência até a alta hospitalar e o RCE podem estar relacionados à assistência sistemática e o reconhecimento precoce dos sinais de deterioração clínica fornecido pela implementação de um TRR. A média do custo dos cuidados na população estudada ajuda a entender o ônus da PCR, daí a importância de preveni-la.

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