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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

COMPARAÇÃO RANDOMIZADA DE INTERVENÇÕES CORONÁRIAS PERCUTÂNEAS GUIADAS POR TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA VERSUS ULTRASSOM INTRAVASCULAR VERSUS ANGIOGRAFIA. ESTUDO RANDOMIZADO ISIGHT

Daniel Chamié, J. Ribamar Costa Jr., Sérgio Braga, Lucas P. Damiani, Dimytri Siqueira, Ricardo A. Costa, Rodolfo Staico, Fausto Feres, Alexandre Abizaid
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: Intervenção coronária percutânea (ICP) guiada por ultrassom intracoronário (USIC) associou-se com menor ocorrência de eventos adversos em comparação com ICP guiada por angiografia. A tomografia de coerência óptica (TCO) possui resolução 10 vezes maior que a do USIC. No entanto, seu papel como guia de ICP foi pouco estudado. Nosso objetivo primário é avaliar a não inferioridade da ICP guiada por TCO em comparação com a guia por USIC quanto ao desfecho primário de expansão dos stents ao final do procedimento de ICP.

Métodos: Pacientes com ≥ 1 lesão em coronárias nativas com 2,25-4,0 mm de diâmetro, foram randomizados (1:1:1), em blocos de 9, para ICP guiada por angiografia, USIC, e TCO. Com um α unicaudal de 0,05 e margem de não inferioridade de 6,85% para expansão dos stents, 150 pacientes (50 em cada grupo) fornece poder de 80% para investigar a não inferioridade da ICP guiada por TCO em comparação com guia por USIC. Caso a não inferioridade fosse alcançada para o desfecho primário, testamos, de forma hierárquica, a superioridade da ICP guiada por TCO vs. ICP guiada por USIC e angiografia, e ICP guiada por USIC vs. ICP guiada por angiografia.

 Resultados: 151 pacientes foram randomizados para ICP guiada por TCO (n=51), USIC (n=51) e angiografia (n=49). A área mínima do stent pós-ICP foi semelhante entre os grupos (TCO: 7,18 ± 2,66 mm vs. USIC: 6,97 ± 2,09 mm vs. angiografia: 7,26 ± 2,48 mm, p=0.820). A expansão dos stents foi 98,01 ± 16,14% nas ICP guiadas por TCO, 91,69 ± 15,75% nas guiadas por USIC e 90,53 ± 14,84% nas guiadas por angiografia (p=0.035). Expansões obtidas sob guia da TCO foram não inferiores às obtidas com USIC (diferença TCO-USIC: 7,00; IC 95%: -0,39 a 14,39, p<0,001). Na análise hierárquica, expansão por TCO foi superior à angiografia (p=0,041), mas não superior ao USIC (p=0,067). ICP guiada por USIC não foi superior à guiada por angiografia (p=0.923). O porcentual de hastes dos stents mal apostas foi menor em ICP guiadas por TCO (TCO: 1.74 ± 1.49% vs. USIC: 3.35 ± 4.03% vs. angiografia: 4.20 ± 6.85%, p=0.035). Não houve diferença significativa quanto à ocorrência de dissecção de bordas (TCO: 15,7% vs. USIC: 15,7% vs. angiografia: 22,6%, p=0,610), e complicações dos procedimentos.

Conclusões: ICP guiada por TCO gerou expansão dos stents não inferiores às obtidas com USIC, e superiores às obtidas por angiografia, com melhor aposição das hastes e sem aumento de complicações. Estes resultados indicam que TCO pode ser utilizada com segurança para guiar ICP. Seu impacto clínico deve ser futuramente investigado.

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