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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Infarto Agudo do Miocárdio em Paciente Jovem com Síndrome Nefrótica e Deficiência de Antitrombina III

Abrahao Afiune Junior, Thiago Alves de Carvalho, Tatiana de Carvalho Andreucci Torres Leal, Múcio Tavares de Oliveira Junior, Bruno Biselli, Amanda Martins Maneschy, André Cedro Souza, Gustavo Rogério Pinato, Alexandre de Matos Soeiro
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

A síndrome nefrótica é caracterizada por proteinúria maciça, edema, hipoproteinemia e dislipidemia, que pode acometer tanto adultos, quanto crianças. Evolui com complicações como infecções, insuficiência renal e trombose. A trombose venosa é mais comum. Já a trombose arterial é incomum, sendo a mais frequente o acidente vascular cerebral isquêmico. Relato do caso: Paciente de 21 anos do sexo masculino deu entrada no pronto-socorro com quadro de dor precordial. Tinha antecedente de internação há 2 anos por quadro de anasarca, sendo tratado com a hipótese diagnóstica de síndrome nefrótica com prednisona e furosemida por 2 meses com resolução do quadro. À entrada, encontrava-se hemodinamicamente estável, exame fisico dentro da normalidade. Solicitado ecg que mostrou supraST de V2 a V4, sendo encaminhado para angioplastia primária. Evidenciada alta carga trombótica em terço médio de artéria DA, sendo realizada tromboaspiração manual, sem placas residuais e sem necessidade de angioplastia com stent, com fluxo TIMI III final. Realizada investigação adicional com sorologias, pesquisa de intoxicação por substâncias ilícitas e trombofilias, onde foi evidenciada dosagem de antitrombina III em valores abaixo da normalidade (47%). Realizado angiotomografia de coronárias, onde se viu um escore de cálcio de 0 com imagem sugestiva de dissecção na porção proximal da artéria DA, associado a presença de trombos, determinando uma redução luminal discreta e ausência de redução luminal nas demais artérias coronárias. O paciente teve alta hospitalar em uso de varfarina devido evento tromboembólico arterial relacionado. Discussão: A síndrome nefrótica pode gerar manifestações clínicas variadas, produzindo apenas síndromes endemigênicas ou até trombofilias associadas. A deficiência de antitrombina III pode levar a manifestação de tromboses venosas ou arteriais. São descritos quadros graves de trombofilia dessa natureza acometendo artérias coronárias, no entanto, sua manifestação é rara. A identificação da trombofilia na ausência de placas ateroscleróticas foi capaz de determinar a terapia a longo prazo com anticoagulação oral plena.Conclusão: A síndrome nefrótica em atividade aumenta o risco de tromboses e, pode ser considera um preditor elevado para a ocorrência de eventos cardiovasculares. A deficiência de antitrombina III deve ser considerada em todos os pacientes com a doença e pode estar relacionada à eventos coronarianos mesmo em indivíduos jovens.

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