Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Validação do escore de risco IABP-SHOCK II para choque cardiogênico após infarto agudo do miocárdio em coorte tratada com estratégia fármaco-invasiva

Moraes PIM, Alves CMR, Souza MT, Siqueira PT, Gonçalves I, Barbosa AHP, Moreno AC, Veloso CS, Carvalho AC, Caixeta A
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: A estratificação de risco no choque cardiogênico após infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) em população tratada com estratégia fármaco-invasiva (EFI) é relativamente inexplorada na literatura, apesar de seu reconhecido valor em angioplastia primária. Objetivo: Validar o escore IABP-SHOCK II (Intra-aortic Balloon Pump in Cardiogenic Shock) em pacientes tratados com EFI e analisar a influência do tempo de isquemia nos diferentes estratos de risco. Métodos e resultados: Dos 2.143 pacientes com IAMCSST admitidos entre maio de 2010 e abril de 2017, 212 (9,9%) evoluíram com choque cardiogênico. Trinta e um pacientes (14,6%) com dados incompletos foram excluídos da análise e a coorte de validação incluiu os 181 pacientes restantes. As taxas de mortalidade foram semelhantes entre os pacientes analisados ​​e excluídos (42,5% e 45,1% respectivamente, p = 0,77). A mortalidade em 30 dias utilizando o escore IABP-SHOCK II foi de 26,6% para o grupo de baixo risco (n = 94), 53,2% para risco moderado (n = 62) e 76,0% para alto risco (n = 25) (p <0,001). A validação do escore mostrou boa discriminação para o óbito, com área sob a curva de 0,73 (intervalo de confiança de 95%: 0,66 a 0,81 p <0,001). Embora o tempo dor-agulha tenha sido significativamente maior nos pacientes que evoluíram para óbito em até 30 dias (251 min, intervalo interquartil 140-528 vs. 210 min, intervalo interquartil 130-343, p = 0,032), os tempos medianos de dor-agulha e fibrinolítico-cateterismo não se mostraram associados aos grupos estratificados pelo escore (220 vs 251 vs 200 min; p = 0,22 e 390 vs 435 vs 315 min; p = 0,18, respectivamente). Esse achado pode ser explicado pelo potencial dessas variáveis estarem mais associadas ao desenvolvimento de choque cardiogênico em pacientes com IAMCSST tratados com EFI, e estarem menos associados à progressão para o óbito quando o paciente já está em choque. Conclusão: Em pacientes com choque cardiogênico após IAMCSST tratados com EFI, a estratificação de risco utilizando o escore IABP-SHOCK II foi adequada. Não houve influência dos tempos dor-agulha e fibrinolítico-cateterismo na capacidade de estratificação pelo escore. 

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

40º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

20 a 22 de junho de 2019
Transamerica Expo Center | São Paulo - Brasil