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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Coronariopatia Grave recorrente em mulher jovem portadora de Arterite de Takayasu

PAES, F. P., Sammy M Vieira Simeão Magalhães, Vinícius Lacerda Wanderley, Diogo Viriato Silva Rodrigues, Max Paulo Pimentel de Jesus, Bruna Fontoura Martins Schank, Letiane Murta Chaves, Ivonei Fachinello, Eduardo Cardoso Saippa, André Koehler Vidigal de Vasconcelos
Uniclinic - Araripina - Pernambuco - Brasil

INTRODUÇÃO: A arterite de Takayasu (AT) é uma vasculite inflamatória crônica, rara e de etiologia idiopática que afeta a aorta e os seus principais ramos. Existe um predomínio no sexo feminino, principalmente na segunda e terceira década de vida. É causa rara de coronariopatia com incidência de aproximadamente 9%.

MÉTODOS: apresentamos um relato de caso de uma jovem de 26 anos, natural de Pernambuco, que há 4 anos apresentava dor precordial típica, associada a dispneia e tontura. Procurou atendimento médico diversas vezes nas unidades básicas de saúde, onde foram prescritas medicações antivertiginosas. Após 6 meses do início dos sintomas, apresentou precordialgia em aperto, de mais forte intensidade, com irradiação para a mandíbula, acompanhado de dispneia e sudorese. Foi atendida por um cardiologista que evidenciou supradesnivelamento do segmento ST na parede anterior no eletrocardiograma, sendo encaminhada para Unidade Coronariana.

Antecedentes pessoais - nega hipertensão, diabetes, uso de drogas ilícitas ou etilismo. 

Antecedentes familiares - mãe falecida aos 51 anos de infarto e pai falecido aos 42 anos de insuficiência cardíaca.

 

RESULTADOS: após a estabilização do quadro, foi submetida a cineangiocoronariografia que revelou lesão grave de tronco de coronária esquerda (TCE), descendente anterior (DA) e circunflexa (CX).

Realizada cirurgia de revascularização miocárdica com pontes de mamária para DA e CX.

Na vigência de coronariopatia grave em paciente jovem sem muitos fatores de risco, foi estudada com angiotomografia e fechado o dignóstico de arterite de Takayasu.

Após 3 anos do procedimento cirúrgico evoluiu com angina estável, foi realizado o teste ergométrico e evidenciado: infradesnivelamento do segmento ST em parede anterior

* Cintilografia miocárdica: isquemia de leve intensidade e média extensão (13,5%) em parede anterior, lateral e ápice do VE

*Estudo hemodinâmico: mamária esquerda ocluída e direita de fino calibre.

Foi indicado tratamento conservador e menutenção dos  fármacos  da arterite. 

CONCLUSÃO: a arterite de Takayasu como causa principal de doença coronariana é pouco encontrada. Nestes casos, não há evidência na literatura sobre a melhor modalidade de revascularização. Nossa paciente foi submetida a cirurgia pela gravidade e topografia das lesões, com resultado inicial satisfatório, mas posteriormente evoluiu com recorrência da isquemia, sendo tratada clinicamente.

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