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Evolução tardia em pacientes com choque cardiogênico após infarto agudo do miocárdio tratado com estratégia fármaco-invasiva

Jessica Picinin Cardoso, Giovana da Costa Oliveira, Suzi Emiko Kawakami, Marco Tulio de Souza, Gabriel Kanhouche, José Renato Brabo Arero, Fernanda Maia de Araujo, Attilio Galhardo, Pedro Ivo De Marqui Moraes, Claudia Maria Rodrigues Alves
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: O choque cardiogênico (CC) ocorre em 5 a 10% dos casos de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento de segmento ST (IAMCSST) e cursa com mortalidade em torno de 50% nos primeiros 30 dias. Após alta hospitalar, complicações cardiovasculares são comuns e precoces. Trombólise no CC é utilizada como recurso extraordinário e dados de seguimento na população brasileira são desconhecidos. Objetivo: Reportar a evolução de médio prazo de pacientes com CC no IAMCSST, atendidos em uma grande rede de IAM, submetidos à estratégia fármaco-invasiva. Métodos: Entre Janeiro/2010 e Novembro/2018, 2539 pacientes receberam tenecteplase (TNK) em hospital primário e realizaram cateterismo precoce para angioplastia. Choque cardiogênico (N=237) foi definido por critérios clínicos de hipoperfusão orgânica ou uso de vasopressores. Os sobreviventes foram acompanhados no ambulatório da instituição ou contatados por telefone (aprovação CEP 0935/2017). Naqueles pacientes com seguimento mínimo de 60 dias após o evento index, analisadas as taxas de óbito cardiovascular (CV) e de eventos CV maiores (ECM=nova internação, nova revascularização não planejada ou óbito) e comparados os grupos c/ e s/ ECM para variáveis demográficas e clínicas. As variáveis categóricas foram comparadas pelo teste qui-quadrado e as numéricas pelos testes t de Student ou Mann-Whitney conforme normalidade. Resultados: Mortalidade intra-hospitalar foi 60,3% (N=143). Entre 94 sobreviventes, 14 pacientes (14,9%) perderam seguimento ou tiveram dados insuficientes, sendo então incluídos 80 pacientes (idade média 58,3 anos, 26% sexo feminino, 57% parede anterior, tempo dor-agulha médio 253 + 141 min, tempo médio TNK-cate de 674 + 848 min). Em seguimento mediano de 20,5 meses (intervalo interquartil: 6-42), óbito CV ocorreu em 10 pacientes (12,5%), com tempo médio até evento de 5,5 meses (intervalo interquartil: 2-9). Em análise univariada, fração de ejeção intra-hospitalar foi associada ao óbito (32 + 6% vs 43 + 9%, p<0,001), além de uma tendência de associação para doença multiarterial (90% vs 58%,p=0,056). O desfecho combinado de ECM ocorreu em 27 (33,7%) casos, sendo associado à revascularização parcial durante a internação índex (55% vs 30%, p=0,03). Conclusão: Em pacientes sobreviventes do choque cardiogênico secundário ao IAMCSST tratados com EFI, as taxas de óbito e eventos cardiovasculares permanecem elevadas no seguimento precoce e associadas com disfunção ventricular e revascularização incompleta. 

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