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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Redes de infarto: relação da distância hub-spoke com o tempo de transporte e os desfechos clínicos na angioplastia de resgate

Attílio Galhardo, Thales Felipe Gomes Magalhães , Gabriel Kanhouche, Jefferson Camilo de Souza, Jessica Picinin Cardoso, Ilmara Lima de Oliveira, Frederico M. Cohrs, Iran Gonçalves Júnior, Pedro Ivo De Marqui Moraes, Cláudia M. Rodrigues Alves
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: No estabelecimento de redes de atendimento ao infarto, os tempos de transferência entre centros primários e o laboratório de cateterismo são pilares do sucesso terapêutico. Determinantes descritos para atraso incluem longas distâncias, regiões com acidentes geográficos e horários de pico de trânsito urbano. Objetivo: Analisar a relação da distância hospital 1ario/hemodinâmica com tempo de transporte e desfechos clínicos principais em pacientes (p) com infarto agudo do miocárdio com supra de segmento ST (IAMCSST) trombolisados sem critérios de reperfusão, encaminhados para angioplastia de resgate. Métodos: Entre Jan/2010 e Dez/2018, dos 2241 pacientes com IAMCSST que receberam tenecteplase em hospitais 1ariosde uma rede de IAM, 801 (35,7%) evoluíram sem critérios de reperfusão após 90 minutos (persistência da dor, redução menor que 50% do supra ou instabilidade hemodinâmica), sendo transferidos com urgência ao centro terciário. Os hospitais primários foram divididos conforme a distância ao centro terciário em Grupo 1: entre 5 e 9 km (N=208p), Grupo 2: entre 16 e 18 km (N=315p) e Grupo 3: entre 22 e 24 km (N=266p). As variáveis categóricas foram comparadas pelo teste qui-quadrado e as numéricas pelo Wilcoxon. Considerando um alfa de 0,05, tamanho amostral n=801 e poder de 0,80, foi obtido um tamanho de efeito de 0,11. Resultados: Os grupos foram semelhantes quanto a características demográficas basais (tabela 1). O grupo 2 (distância intermediária) apresentou a maior mediana de tempo de transporte (G1 260 interquartil 145-437 min vs G2 355 interquartil 206-573 min vs G3 241 interquartil 125-418 min; p<0,01). Não houve diferença entre os grupos com relação aos desfechos de óbito (G1 17,4% vs G2 12,3% vs G3 13,0%; p=0,2) ou choque cardiogênico (G1 24,5% vs G2 23,3% vs G3 24,1%; p=0,9). Conclusão: Em pacientes com IAMCSST submetidos à trombólise sem sucesso, a distância entre hospital 1ario e centro terciário não foi relacionada ao tempo de transferência para angioplastia de resgate ou aos desfechos de óbito e choque cardiogênico. O maior tempo de transporte dos hospitais situados à intermediária distância possivelmente reflete dificuldades logísticas locais e não é decorrente da distância hub-spoke. Melhoria contínua na estruturação e coordenação de redes públicas de IAM é almejada.

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